Concurso Público: a motivação realmente funciona?


Oi, gente!
Estive lendo o blog do Professor e Procurador da República Edilson Vitorelli. Alguns dias atrás ele fez um post intitulado: “1º de Dezembro: o pior dia do ano”. 
Vou postar parte do que ele escreveu e aconselho que leiam na íntegra pois têm lições valiosas.

O professor Vitorelli disse o seguinte: 
1º de Dezembro é o pior dia do ano. Me desculpe se você faz aniversário hoje, mas é verdade. Hoje é o dia que todo mundo acorda e diz “Putz, acabou o ano”. Hoje é o dia em que você leva o baque de que aquilo que você não fez até ontem, não vai fazer mais esse ano. Certo, é claro que, no meu sistema de estudos (20 páginas por dia), você ainda vai ler 300 páginas até o recesso de natal. Mas, ainda assim, não é isso que vai mudar a sua vida. E é aí que bate aquela sensação de “outro ano vai...”.
Meus caros, este texto é puramente motivacional [...]

Entretanto, eu reconheço que se existe um desafio na preparação para concursos, é a motivação. A razão é bastante simples: estudar, hoje em dia, é um empreendimento de longo prazo. Pode até ser que, por exceção, não seja para você. Eu tenho alunos que estavam na oral do MPF preocupados em completar 3 anos de efetivo exercício. Mas esses são apenas felizardos excepcionais que confirmam a regra. A regra é que você vai levar um bom tempo para passar. Não existe média. É enganoso falar em média. Cada um tem seu tempo.
[...] esse caminho, não é para os fracos. Se você resolveu entrar nele, seja, todos os dias, a mesma pessoa que você era no dia que tomou a decisão de começar. Motivado, empolgado, com sede de aprender.

Pessoalmente reconheço a importância da motivação, porém o seu papel não é determinante, e é aqui que entra a DISCIPLINA.

► O que realmente é motivação?
A motivação é a força que nos faz fazer as coisas: esta ocorre em resultado das nossas necessidades individuais serem satisfeitas, de modo a termos inspiração para completar a tarefa que temos em mãos. 


Para fazer qualquer coisa, há basicamente duas formas de se colocar numa situação em que aquilo efetivamente vai ser feito.
└ A primeira opção, mais popular e devastadoramente errônea, é tentar se automotivar.
└ A segunda, uma escolha um tanto impopular e completamente correta, é cultivar a disciplina.

A motivação, falando de modo geral, opera sob a presunção errônea de que é necessário um estado mental ou emocional particular para que uma tarefa seja realizada.
Isso está completamente invertido.

A disciplina, em vez disso, separa o funcionamento externo dos sentimentos e mudanças de humor, e assim ironicamente, ao melhorar as emoções de modo consistente, evita o problema.

De forma mais simples, não se deve esperar até se estar em boa forma para começar a treinar. Treina-se para se chegar à boa forma.

Há outro problema prático com a motivação. Tem validade restrita, precisa ser constantemente revigorada.

A motivação é como dar corda manualmente numa manivela pesada para através disso obter uma grande força instantânea. No melhor dos casos, ela armazena e converte a energia para uma finalidade particular. Há situações onde ela é a atitude correta, exceções em que ficar superanimado e armazenar um montão de energia mental de antemão é o melhor a fazer. Corridas olímpicas, fugas de prisões ou momentos de turbulência seriam casos assim, ou seja, tarefas temporárias. Mas fora esses casos limítrofes, ela é uma base terrível para o funcionamento regular cotidiano, e para qualquer coisa que exija resultados consistentes em longo prazo, como por exemplo, estudar para concursos públicos.

Em contraste a isso, a disciplina é como uma máquina que uma vez colocada em funcionamento, na verdade passa a fornecer energia ao sistema.

A produtividade não exige nenhum estado mental. Para resultados consistentes em longo prazo, a disciplina supera em muito a motivação, de fato a disciplina acaba correndo ao redor, humilhando a motivação.
Em resumo, a motivação é tentar encontrar aquela vontade de fazer as coisas. Disciplina é fazer mesmo se não se tem vontade. Você se sente bem depois.

A disciplina, enfim, é um sistema que funciona, já a motivação é semelhante aos objetivos em si. Há uma simetria. A disciplina mais ou menos se autoperpetua e é constante, já a motivação é uma coisa meio aos solavancos.

Como se cultiva disciplina? Construindo hábitos – começando com coisas bem pequenas, com que se consegue lidar, coisas até mesmo microscópicas, e assim ganhando impulso, reinveste-se nela em mudanças cada vez maiores na rotina, dessa forma construindo um círculo virtuoso de retroalimentação positiva.

Avante!

Referência: Wisdomination

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Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados. 

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About Diógenes Prado

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